Saúde e Meditação










Antes restrita aos adeptos da medicina alternativa e vista como coisa de gente exótica pelos médicos tradicionais, as técnicas de meditação estão sendo utilizadas para auxiliar no tratamento de muitas doenças crônicas.

A idéia fundamental é que na hora de lutar contra uma doença o estado de espírito do paciente tem quase a mesma importância que a competência dos médicos. Embora esse conceito seja tão antigo quanto a própria medicina, a maioria dos hospitais só começou a abrir espaço para as terapias que usam o poder da mente como auxiliar na cura a partir de 1994.


A mudança de atitude dos hospitais tem por origem a demanda da população por tais serviços e as descobertas recentes sobre o funcionamento do cérebro, que deram a credibilidade que faltava a essas técnicas.

O primeiro passo foi dado na década de 80 quando a neurobióloga Candance Pert do Instituto Nacional de Saúde Mental, descobriu que os neuropeptídeos ( substâncias químicas do cérebro relacionadas aos sentimentos de raiva, tristeza, amor e ódio) também estavam presentes em órgãos que compõem o sistema imunológico, como glândulas linfáticas e baço.

" Hoje já há centenas de estudos comprovando o efeito que a mente e as emoções tem no equilíbrio do sistema imunológico. Por isso, os hospitais tem obrigação de oferecer aos pacientes técnicas que permitam que eles controlem melhor suas emoções e aumentem as chances de cura", diz Woodson Merrell, professor da Columbia Medical School.

Dos seis grandes hospitais de Nova York, três já contam com setores dedicados às técnicas de meditação: o Columbia-Presbiteyan, o Beth Israel e o Memorial Sloan-Dettering Cancer Center.

Dos arquivos da folha de São Paulo de maio de 1998

Mas, não é preciso ir tão longe. A meditação faz parte da prática do Yoga e de outras filosofias que a adotam como prática regular para o equilíbrio pessoal e até planetário, disponíveis a todos que queiram adotá-la.